No Núcleo é de praxe as avaliações serem feitas com todos os envolvidos no processo de trabalho e de uma forma em que ajude avançar na caminhada do aprendizado. Todos falam sobre o que aprenderam, as dificuldades, os acertos, erros, enfim, é feito um roteiro onde os grupos discutem junto com o professor orientador. Veja o roteiro.
Como foi trabalhar em grupo e quais foram as maiores dificuldades?
Como foi o processo de orientação dos professores? Houve problemas?
O que vocês aprenderam na pesquisa e o que podem levar desta aprendizagem para a vida?
RESPONSÁVEL: Carolina Loch S. Silva
1) Grupo: Adilson, Henrique e Kamila
Turma: CA
Problemática: Porque ocorrem tantos homicídios em Florianópolis?
Forma de apresentação: Apresentação em Powerpoint
A avaliação foi feita com os alunos Adilson e Henrique, pois Kamila não tem comparecido desde a apresentação. Os alunos consideraram que desenvolver o trabalho em equipe foi positivo, e que este fato contribuiu para a superação das dificuldades encontradas. O grupo reconheceu que não foi muito assíduo durante o desenvolvimento da pesquisa, mas que a boa comunicação e autonomia deles permitia que o membro presente desse prosseguimento de onde os outros haviam parado. Segundo eles o processo de orientação foi bom para o desenvolvimento do trabalho e não houve quaisquer problemas de relacionamento ou entendimento com os professores. Henrique e Adilson consideraram que aprenderam muitas coisas com o trabalho, tanto referentes a pesquisa em si quanto a ferramentas que aprenderam a usar (como leitura de gráficos, por exemplo), mas por outro lado acreditam que “não levarão nenhuma aprendizagem para a vida porque foi só um trabalho de escola”.
2) Grupo: Manoel e Francisco
Turma: Justiceiros
Problemática: Como é feita a reciclagem?
Forma de apresentação: Apresentação em Powerpoint
A avaliação foi feita apenas com o aluno Manoel, pois Francisco não compareceu no dia da avaliação. Manoel considera que o trabalho ter sido feito em grupo foi muito importante, pois trocaram muitos conhecimentos e experiências. Segundo ele, os dois trabalham na forma de uma parceria, o que foi muito bom para o andamento do trabalho. Manoel considera que o processo de orientação foi pautado pela dedicação dos professores, e que é mantida a coerência e a mesma filosofia de ação independente do professor que está auxiliando no momento. Ele considera que a orientação final direcionada de um professor foi fundamental para o trabalho ter um fim e mostrar seu propósito. Segundo ele, o trabalho foi muito importante para fazê-lo atentar para a importância da reciclagem e da consciência ambiental, que segundo ele não eram tão fortes antes de iniciar a pesquisa. Manoel acredita que falta às pessoas maior humildade e conhecimento para tornarmos o Brasil um país mais saudável, sem poluição e com maior saúde. A visita que os dois alunos fizeram à sede da COMCAP no Itacorubi, de forma autônoma e independente, foi muito importante para o conhecimento dos processos e para sensibilização quanto a importância da reciclagem.
3) Grupo: Elisângela, Letícia e Fabrício
Turma: Justiceiros
Problemática: Como é a organização política do Brasil?
Forma de apresentação: Produção de Folder e apresentação oral
A avaliação foi feita apenas com a aluna Elisângela, pois Letícia e Fabrício não estavam presentes. Fabrício esteve ausente da metade do trabalho até o dia da apresentação, quando compareceu. Segundo Elisângela, o trabalho em equipe deu segurança e as trocas de experiências foram imporantes para motivá-los a seguir até o final. A aluna considera que Letícia foi uma ótima parceira, mas precisa perder a vergonha de falar em público. Já o aluno Fabrício tem muita segurança e iniciativa, mas precisa dedicar mais seu tempo para as aulas. Elisângela considera que o processo de orientação foi como “um bebê”, que recebe as doses de leite aos poucos até saciar a fome. Segundo ela, os professores deram grande ajuda e contribuição ao trabalho, principalmente confiança e incentivo para a apresentação. Elisângela considera que o trabalho foi importante para conhecer melhor a importância e função da política, que ela própria tinha pouco interesse e achava um assunto maçante. Para ela, a pesquisa ajudou a entender a importância da cidadania e da responsabilidade dos eleitores e também dos candidatos. Por fim, ela considera que também aprendeu que “todos temos a capacidade de aprender e também de ensinar”.
abaixo algumas avaliações feitas por alunos e professores.
Avaliação do II Ciclo de Pesquisas
Discussão oral (auto-avaliação)
Auto-avaliação realizada no dia 22/10/2009, através de uma discussão oral. Além do coordenador dos grupos, professor Eduardo, esta “conversa” contou com presença dos integrantes dos três grupos avaliados. São eles:
“O que é Esquizofrenia?”, formado por Débora, Fabiana, Jeferson e Odair;
“Qual é a história do Avaí FC?”, formado por Carlos Henrique e Leandro Raulino [o integrante Maique Fidélis não compareceu].
“Como foi a transição da monarquia à primeira república no Brasil?”, formado por Márcio e Odair José [a integrante Magali não compareceu].
Roteiro da avaliação
1 – Como foi trabalhar em grupo e quais foram as maiores dificuldades?
2 – Como foi o processo de orientação? Houve problemas?
3 – O que aprenderam com a pesquisa e o que podem levar desta aprendizagem para a vida?
Grupo: O que é Esquizofrenia?
Integrantes: Débora, Fabiana, Jeferson e Odair.
1 – “Foi bom”. Esta foi a resposta que o grupo, de uma forma geral, deu quando lhe foi questionado sobre como foi o processo de trabalho em grupo. Contra-argumentei dizendo que havia observado (e não somente eu, como também outros membros da equipe pedagógica) um constante movimento do grupo que, de certa forma, excluía o membro Odair do processo da pesquisa; sobretudo quando da digitação dos textos no BLOG da pesquisa. A integrante Fabiana não concordou com esta observação, argumentando que o Odair havia participado sim da pesquisa! Diante deste impasse, perguntei o porquê do Odair não ter apresentado o trabalho, e o mesmo afirmou que não sentia parte do grupo... entretanto, ele não havia percebido nenhum movimento de exclusão, mas que somente não apresentou porque entrara no “meio da pesquisa”. Contra-argumentei, novamente, dizendo que esta não era uma justificativa plausível; mesmo porque, em uma conversa com o grupo alguns dias antes da apresentação, percebi que era justamente o Odair aquele que mais havia apreendido os conteúdos básicos referentes à problemática “O que é esquizofrenia”. Todavia, o grupo novamente afirmou que não houve exclusão do integrante Odair que, por sua vez, ratificou esta assertiva.
2 – Na opinião do grupo, a saída da professora Taíza (que iniciou a 2ª fase das orientações justamente com este grupo), foi uma perda muito grande. Primeiro pela relação dela com o grupo (mais próxima, em relação ao segundo orientador); segundo, pelo conhecimento que aquela professora tinha sobre os conteúdos da pesquisa em si.
Ainda em relação às orientações, o grupo compartilha da opinião de que a 1ª fase delas (aquela em que todos os professores “passam” por cada pesquisa) “foi muito confusa”, argumentando que “enquanto um professor falava que determinada coisa estava certa, o outro falava que estava errado”. Contra-argumentei dizendo que na EJA não trabalhamos com as noções de “certo” e “errado”, mas com visões múltiplas e com a autonomia dos alunos-pesquisadores (estes últimos, os responsáveis pelo conhecimento de sua pesquisa). Disse-lhes para atentar para esta especificidade no decorrer do III ciclo de pesquisas.
3 – Sobre o conteúdo da pesquisa, o grupo afirmou que aprendeu várias coisas sobre esta psicopatologia, enfatizando o papel da família de um esquizofrênico (tanto em relação à causa, ao diagnóstico e ao tratamento deste).
Já em relação ao aprendizado que podem levar para o resto da vida, todos foram unânimes em apontar o “trabalho em grupo” como o principal ganho desta pesquisa.
Palavra do orientador ao grupo: Reafirmei aquilo que havia dito ao longo da pesquisa: todos os integrantes do grupo, sem exceção, têm muito potencial. Entretanto, ainda estão presos ao processo de aprendizagem do ensino regular; sobretudo em relação à apreensão do conteúdo, que se dá muitas vezes de forma “decorada”, e não assimilada – e isto ficou patente tanto na apresentação desta pesquisa, quanto na do I ciclo (sobre DST’s).
Grupo: Qual é a história do Avaí FC?
Integrantes: Carlos Henrique, Leandro Raulino e Maique Fidélis
1 – Havendo somente dois, dos três integrantes do grupo, iniciamos esta avaliação perguntando como fora o trabalho em grupo nesta pesquisa. Segundo o integrante Leandro Raulino, a característica do grupo é ser “muito bagunceiro”. Carlos Henrique não concordou com esta afirmação, mas também não soube argumentar contrariamente.
Entretanto, Leandro disse que a bagunça, em si, não prejudicou muito o andamento do grupo. Perguntei também se a falta constante do 3º membro da equipe (Maique Fidélis) no decorrer da pesquisa; e a falta de 2 dos 3 integrantes na visita ao estádio do Avaí FC não acabou prejudicando o andamento da pesquisa... a resposta foi “não”.
2 – Segundo o grupo, a 1ª fase foi muita “chata”, pois “cada professor falava alguma coisa”. Voltei a dizer o que havia dito para o grupo “Esquizofrenia”, reafirmando o papel de autonomia dos estudantes da EJA como um dos produtos que buscamos ao longo do ano...
Ainda em relação à orientação, Leandro disse que a 2ª fase (com um único professor) foi muito importante; lamentando, entretanto, a falta do professor-orientador na visita do grupo à Ressacada.
3 – Segundo o grupo, o trabalho em conjunto foi o aprendizado mais importante desta pesquisa. O conteúdo, propriamente dito, também foi importante; “mas o trabalho em grupo foi mais”. Leandro Raulino ainda destacou o trabalho como “repórter” exercido na sua entrevista à membros do Avaí FC, como uma das boas coisas desta pesquisa.
Palavra do orientador ao grupo: Disse-lhes que a bagunça pode sim atrapalhar o bom andamento de uma pesquisa! Destaquei ainda o fato do integrante Leandro Raulino ter assumido as principais tarefas ao longo da pesquisa... e que, se isso foi interessante ao Leandro, não foi para o restante do grupo. Ainda em relação a esta constatação, comentei para o Leandro que, de certa forma, ele desenvolvia um papel de liderança naquela equipe... e que, acaso ela se reunisse novamente, ele deveria usar deste papel para o desenvolvimento de todos.
Grupo: Como foi a transição da monarquia à primeira república no Brasil?
Integrantes: Márcio e Odair José [e, no início da pesquisa, Magali].
1 – Sobre o trabalho em grupo, a constatação dos dois integrantes é que ele foi bom. Lamentaram o fato da 3ª integrante da equipe ter desistido da pesquisa (e da EJA) no decorrer do processo; e que, antes da desistência definitiva, as faltas de Magali e a indefinição quanto a sua permanência no grupo foram fatores que chegou a prejudicá-los.
De uma forma geral, levantaram como ponto importante do trabalho em grupo o “espírito de equipe”; espírito que ficou patente na homenagem dos alunos aos professores, no último dia 15/10.
2 – Contrariando os demais grupos presentes, Márcio e Odair José disseram que gostaram da 1ª fase da pesquisa, justamente pela diversidade de opiniões advindas de todos os professores; além do “senso crítico” destes ao longo da 1ª fase. Disseram também que a 2ª fase foi “mais decisiva” para o encerramento da pesquisa.
3 – “Espírito de equipe”; “conhecimento”; “trocas de ideias”; “história do Brasil”... foram estes os principais pontos apreendidos pelo grupo em relação a sua pesquisa. O integrante Márcio, inclusive, disse que aprendeu a ser mais atencioso com a política [partidária] no decorrer e, principalmente, no final desta pesquisa.
Palavra do orientador ao grupo: Em relação a este grupo, deixei como ponto de reflexão a seguinte frase: “a parceria é sempre muito boa, desde que não atrapalhe o pleno desenvolvimento do outro”.
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Abraço e tudo de bom
José Manoel
---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Fórum EJA-SC
Data: 16 de outubro de 2013 21:00
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Há 11 anos